Culto nos lares.
Os cultos nos lares é uma prática antiga entre os evangélicos, porém nos dias atuais essa prática tem crescido mais que o normal e a grande diferença é que pessoas tem se reunidos em suas casas para adorar e conversar sobre a Palavra sem alguma ligação com denominações ou lideranças.
Para alguns os mesmo são considerados desviados ou rebeldes que desejam viver o evangelho da forma que lhes convêm, transformando a liberdade em Cristo em libertinagem, porém a realidade de muitos desses grupos é exatamente o contrario disso, eles desejam viver o verdadeiro evangelho simples sem todo esse glamour que tem sido ser evangélico e alguns desses grupos nem se denominam mais evangélicos.
Seria uma nova religião, então? Não, só são pessoas querendo viver a vida que Cristo ensinou e da forma como Ele ensinou. Com isso não digo que congregar nos tempos seja errado, a diferença está em não precisa gastar dinheiro em imensas construções sendo que muitos membros não tem nem o que comer, mas direcionar o dinheiro (se ele existir nessas reuniões) para o próximo que realmente necessita, então minha pergunta é: "Você acha que Cristo faria o quê? Usaria o dinheiro para construir tempos ou para alimentar os famintos? Para fazer congressos ou cruzadas ? para ostentar riqueza ou investiria em evangelismo? OS cultos nos lares visa a comunhão e a preparação de novos discípulos da igreja de Jesus Cristo.
a prática central da adoração dos cristãos no primeiro dia da semana era a celebração da ceia do Senhor, ou da eucaristia. Através de comer juntos (era uma refeição),os cristãos demonstravam os pontos essenciais da vida da igreja, incluindo a vida nova proporcionada pelo sacrifício de Jesus, e a alegria da comunhão com Deus e uns com os outros. Mas os exageros e desvios começaram já no Novo Testamento, como os que apareceram na igreja em Corinto; a refeição foi se reduzindo para pão e vinho, a revelação de vida e comunhão foi se apagando, e a liturgia passou a focalizar mais o arrependimento e o conserto da vida.
temos as mudanças que ocorreram no local onde os crentes se reuniam para adorar. No princípio, os seguidores de Jesus cultuavam a Deus e praticavam a vida da igreja nas casas, conforme vemos no livro de Atos e nas epístolas. A utilização de prédios ou locais públicos era para anunciar o evangelho, como no templo (Atos 3), nas sinagogas (Atos 13.14,15; 17.1,2, etc), numa escola (Atos 19.9), praças (Atos 17.19-22) etc. As casas continuaram durante os primeiros séculos como principal local de culto especialmente por causa da perseguição, mas seu papel de favorecer o ambiente íntimo e espontâneo da igreja era essencial às características do culto primitivo. Com a multiplicação numérica, especialmente nas cidades maiores, a igreja continuou nos lares, mas muitas vezes nos lares mais espaçosos de membros mais privilegiados. O átrio numa casa romana, ou a sala de jantar numa casa grega, acomodava talvez de cinqüenta a setenta pessoas, e era apropriada também para a refeição ágape da eucaristia.
No terceiro século, a transição para templos especiais foi se acelerando. Numa cidade perto do rio Eufrates, foi encontrada uma casa particular que foi reformada para servir como igreja. Paredes foram tiradas para formar um salão maior; havia uma pequena plataforma numa extremidade do salão; numa outra sala, havia um local especial para batismos; e afrescos de Adão e Eva, e do Bom Pastor nas paredes. Esta casa é o templo mais antigo ainda existente e mostra o que talvez já acontecia em muitos lugares naquela época (por volta de 240).
Depois de 260, num período de tranqüilidade para a igreja e descanso das perseguições, houve uma multiplicação grande do número de cristãos, e templos começaram a ser construídos por toda parte. O cristianismo começava a ser mais e mais proeminente no Império Romano. Na última grande onda de perseguição antes de Constantino (303 – 311), estes templos foram em grande parte destruídos ou desapropriados. Somente depois de Constantino é que a construção de templos cristãos foi realmente liberado, e o centro do culto cristão institucional foi definitivamente deslocado dos lares para os templos cada vez maiores e mais suntuosos que temos até hoje.
A Comunidade de Jerusalém.
Os primeiros cristãos formavam uma comunidade estreitamente unida em Jerusalém após o dia de Pentecoste. Esperavam que Cristo voltasse muito em breve.
Os cristãos de Jerusalém repartiam todos os seus bens materiais (At 2.44-45). Muitos vendiam suas propriedades e davam à igreja o produto da venda, a qual distribuía esses recursos entre o grupo ( At 4.34-35).
Os cristãos de Jerusalém ainda iam ao templo para orar (At 2.46), mas começaram a partilhar a Ceia do Senhor em seus próprios lares (At 2.42-46). Esta refeição simbólica trazia-lhes à mente sua nova aliança com Deus, a qual Jesus havia feito sacrificando seu próprio corpo e sangue.
Deus operava milagres de cura por intermédio desses primeiros cristãos. Pessoas enfermas reuniam-se no templo de sorte que os apóstolo pudessem tocá-las em seu caminho para a oração (At 5.12-16). Esses milagres convenceram muitos de que os cristãos estavam verdadeiramente servindo a Deus. As autoridades do templo, num esforço por suprimir o interesse das pessoas na nova religião, prenderam os apóstolos. Mas Deus enviou um anjo para libertá-los (At 5.17-20), o que provocou mais excitação.
A igreja crescia com tanta rapidez que os apóstolos tiveram de nomear sete homens para distribuir víveres às viúvas necessitadas. O dirigente desses homens era Estevão, "homem cheio de fé e do Espírito Santo" (At 6.5). Aqui vemos o começo do governo eclesiástico. Os apóstolos tiveram de delegar alguns de seus deveres a outros dirigentes. À medida que o tempo passava, os ofícios da igreja foram dispostos numa estrutura um tanto complexa.
A princípio, os seguidores de Jesus não viram a necessidade de desenvolver um sistema de governo da Igreja. Esperavam que Cristo voltasse em breve, por isso tratavam os problemas internos à medida que surgiam - geralmente de um modo muito informal.
Mas o tempo em que Paulo escreveu suas cartas às igrejas, os cristãos reconheciam a necessidade de organizar o seu trabalho. O NT não nos dá um quadro pormenorizado deste governo da igreja primitiva. Evidentemente, um ou mais presbíteros presidiam os negócios de cada congregação (Rm 12.6-8; 1Ts 5.12; Hb 13.7,17,24), exatamente como os anciãos faziam nas sinagogas judaicas. Esses anciãos (ou presbíteros) eram escolhidos pelo Espírito Santo (At 20.28), mas os apóstolos os nomeavam (At 14.23). Por conseguinte, o Espírito Santo trabalhava por meio dos apóstolos ordenando líderes pra o ministério. Alguns ministros chamados evangelistas parecem ter viajado de uma congregação para outra, como faziam os apóstolos. Seu título significa "homens que manuseiam o evangelho". Alguns têm achado que eram todos representantes pessoais dos apóstolos, como Timóteo o foi de Paulo; outros supõem que obtiveram esse nome por manifestarem um dom especial de evangelização. Os anciãos assumiam os deveres pastorais normais entre as visitas desses evangelistas.
Algumas cartas do NT referem-se a bispos na igreja primitiva. Isto é um bocado confuso, visto que esses "bispos" não formavam uma ordem superior da liderança eclesiástica como ocorre em algumas igrejas onde o título é usado hoje. Paulo lembrou aos presbíteros de Éfeso que eles eram bispos (At 20.28), e parece que ele usa os termos presbítero e bispo intercambiavelmente (Tt 1.5-9). Tanto os bispos como os presbíteros estavam encarregados de supervisar uma congregação. Evidentemente, ambos os termos se referem aos mesmos ministros da igreja primitiva, a saber, os presbíteros.
Paulo e os demais apóstolos reconheceram que o ES concedia habilidades especiais de liderança a certas pessoas (1Co 12.28). Assim, quando conferiam um título oficial a um irmão ou irmã em Cristo, estavam confirmando o que o Espírito Santo já havia feito.
A igreja primitiva não possuía um centro terrenal de poder. Os cristãos entendiam que Cristo era o centro de todos os seus poderes (At 20.28). O ministério significava servir em humildade, em vez de governar de uma posição elevada (Mt 20.26-28). Ao tempo em que Paulo escreveu suas epístolas pastorais, os cristãos reconheciam a importância de preservar os ensinos de Cristo por intermédio de ministros que se devotavam a estudo especial, "que maneja bem a palavra da verdade" (2Tm 2.15). A igreja primitiva não oferecia poderes mágicos, por meio de rituais ou de qualquer outro modo. Os cristãos convidavam os incrédulos para fazer parte de seu grupo, o corpo de Cristo (Ef 1.23), que seria salvo como um todo. Os apóstolos e os evangelistas proclamavam que Cristo voltaria para o seu povo, a "noiva" de Cristo (Ap 21.2; 22.17). Negavam que indivíduos pudessem obter poderes especiais de Cristo para seus próprios fins egoístas (At 8.9-24; 13.7-12).Padrões de Adoração.
Visto que os cristãos primitivos adoravam juntos, estabeleceram padrões de adoração que diferiam muito dos cultos da sinagoga. Não temos um quadro claro da adoração Cristã primitiva até 150 dC, quando Justino Mártir descreveu os cultos típicos de adoração. Sabemos que a igreja primitiva realizava seus serviços no domingo, o primeiro dia sa semana. Chamavam-no de "o Dia do Senhor" porque foi o dia em que Cristo ressurgiu dos mortos. Os primeiros cristãos reuniam-se no templo em Jerusalém, nas sinagogas, ou nos lares ( At 2.46; 13.14-16; 20.7-8). Alguns estudiosos crêem que a referência aos ensino de Paulo na escola de Tirano (At 19.9) indica que os primitivos cristãos às vezes alugavam prédios de escola ou outras instalações. Não temos prova alguma de que os cristãos tenham construído instalações especial para seus cultos de adoração durante mais de um século após o tempo de Cristo. Onde os cristãos eram perseguidos, reuniam-se em lugares secretos como as catacumbas (túmulos subterrâneos) de Roma.
Crêem os eruditos que os primeiros cristãos adoravam nas noites de domingo, e que seu culto girava em torno da Ceia do Senhor. Mas nalgum ponto os cristãos começavam a manter dois cultos de adoração no domingo, conforme descreve Justino Mártir - um bem cedo de manhã e outro ao entardecer. As horas eram escolhidas por questão de segredo e para atender às pessoas trabalhadoras que não podiam comparecer aos cultos de adoração durante o dia.
Ordem do Culto:
Geralmente o culto matutino era uma ocasião de louvor, oração e pregação. O serviço improvisado de adoração dos cristãos no Dia de Pentecoste sugere um padrão de adoração que podia ter sido geralmente adotado. Primeiro, Pedro leu as Escrituras. Depois pregou um sermão que aplicou as Escrituras à situação presente dos adoradores (At 2.14-36). As pessoas que aceitavam a Cristo eram batizadas, seguindo o exemplo do próprio Senhor. Os adoradores participavam dos cânticos, dos testemunhos ou de palavras de exortação (1Co 14.26).
Curiosidades:
A primeira parte do culto de adoração era aberta a todos, pois os estranhos poderiam se converter através da pregação; mas que a segunda parte, com a celebração da Ceia do Senhor, só era aberta aos batizados, momento em que todos os não batizados se retiravam?
No primeiro século, a Ceia do Senhor incluía não só o Pão e o Cálice, mas uma refeição inteira; e que durante as refeições os que haviam discutido ou se desentendido faziam as pazes?
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