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domingo, 13 de novembro de 2022

Dizimo é Obrigatório? Parte II

 

Mas o dizimo ainda é algo obrigatório nos dias atuais?


 

Um dos textos mais usados pelos interessados em dízimos é Mateus 23:23: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas".

Ao utilizarem este texto os cultores dos dízimos estão colocando em pé de igualdade os eleitos de Deus, nascidos de novo, lavados e remidos pelo sangue de Cristo, com os escribas e fariseus hipócritas! Não é uma aberração?

Quando Jesus disse que eles deveriam fazer estas coisas, estava simplesmente enfatizando o seguinte: vocês, escribas e fariseus hipócritas, que vos gloriais na Lei, cumpram a Lei de vocês, mas não se esqueçam que para Deus o mais importante não é isto, mas é a justiça, a misericórdia e a fé.

Este texto de modo algum pressupõe que os crentes tem que cumprir os mesmos ditames da Lei que os escribas e fariseus ainda estavam cumprindo e ainda cumprem até os dias de hoje. Outro texto muito usado é Hebreus 7:1-8 - "Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão quando este regressava da matança dos reis, e o abençoou, a quem também Abraão separou o dízimo de tudo (sendo primeiramente, por interpretação do seu nome, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz; sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas feito semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote para sempre. Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu o dízimo dentre os melhores despojos. E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que estes também tenham saído dos lombos de Abraão; mas aquele cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou ao que tinha as promessas. Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. E aqui certamente recebem dízimos homens que morrem; ali, porém, os recebe aquele de quem se testifica que vive".

Este texto mostra claramente que Abraão, antes da Lei deu dízimos para Jesus. O argumento é que nós, sendo filhos de Abraão, que é o pai da fé e que deu dízimos antes da Lei ser instituída, também devemos dar dízimos a Jesus, como Abraão o fez.

Abraão também teve mais de uma mulher ao mesmo tempo e mentiu. O cristão jamais pensaria em fazer tais coisas. Naquele tempo os dízimos eram dados pela população aos soberanos. Ele deu dízimos mostrando sua condição de vassalo diante do Soberano Supremo.

Se o dízimo fosse uma instituição cristã, haveria referências a ele em todo o Novo Testamento.

Mas, como é a verdadeira maneira de um cristão contribuir?

Antes de qualquer coisa, segundo o que o Novo Testamento classifica como a verdadeira religião, eis o principal destino das contribuições de um cristão: Tiago 1:27 - "A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo".

Depois, ajudando não a presidentes de igrejas para suas viagens nacionais e internacionais e suas hospedagens luxuosas, mas ajudando aqueles que vivem ensinando a Palavra, conforme I Timóteo 5:17: "Os anciãos que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra (ou remuneração), especialmente os que labutam na pregação e no ensino" e Gálatas 6:6: "E o que está sendo instruído na palavra, faça participante em todas as boas coisas aquele que o instrui". Outra tradução diz: "reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui".

Resumindo, quais as principais finalidades das contribuições dos cristãos? Ajudar aos órfãos e viúvas e aos que ensinam a Bíblia com propriedade.

Como foi que o apóstolo Paulo mandou contribuir: "Ora, quanto à coleta para os santos fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galiléia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder (não 10%), conforme tiver prosperado, guardando-o, para que se não façam coletas quando eu chegar. E, quando tiver chegado, mandarei os que por carta aprovardes para levar a vossa dádiva a Jerusalém". - I Coríntios 16:1-3.

Veja que não ficaria na igreja local para pagamento de algum chefe, mas seria para os cristãos necessitados. O problema hoje é que se necessita de muito dinheiro para fazer templos luxuosos, o que não é bíblico.

Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia levantar uma oferta fraternal para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém. Isto pois lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes das bênçãos espirituais dos judeus, devem também servir a estes com as materiais". - Romanos 15:26,27.

Mostrarei, a seguir, vários textos que falam sobre a verdadeira índole de um diácono ou de um presbítero, ou bispo (pastor) do Novo Testamento.

I Timóteo 6:10,11:"Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão".

I Timóteo 3: 8: "Da mesma forma os diáconos sejam sérios, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância".

Tito 1:7-11: "Pois é necessário que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro de Deus, não soberbo, nem irascível, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; mas hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, temperante; retendo firme a palavra fiel, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para exortar na sã doutrina como para convencer os contradizentes. Porque há muitos insubordinados, faladores vãos, e enganadores, especialmente os da circuncisão, aos quais é preciso tapar a boca; porque transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância".

Veja que os principais insubordinados que viviam a ensinar coisas erradas por torpe ganância (ou para ganhar dinheiro), era os da circuncisão, ou seja os judeus que tinham se "convertido", mas ainda estavam com toda aquela idéia de dízimo para os levitas.

Sejamos muito claros. Vou escrever com letras bem grandes para que você entenda que não somos judaizantes: NÃO EXISTEM LEVITAS NO NOVO TESTAMENTO! Esta dispensação já passou. Estamos na Graça.

Veja o que diz Hebreus 13:5: "Seja a vossa vida isenta de ganância, contentando-vos com o que tendes; porque ele mesmo disse: Não te deixarei, nem te desampararei".

Veja o que diz I Pedro 5:1-3: "Aos anciãos (ou presbíteros, ou pastores), pois, que há entre vós, rogo eu, que sou ancião com eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho".

Não precisamos mais fazer prova de Deus. Ele já nos abençoou com toda sorte de bênçãos, já destruiu o devorador, já pagou nossa dívida, já nos libertou da opressão da Lei. Somos livres para contribuir com aquilo que o Senhor colocar em nossa coração e conforme a nossa prosperidade, principalmente para ajudar aos necessitados e para ajudar aqueles que vivem ensinando a Palavra, não para aqueles que vivem utilizando o dinheiro dos fiéis para seu luxo.

O dízimo só surgiu entre os cristãos no século VI d.C. No Ocidente, a partir da Idade Média, o direito eclesiástico ocupou-se fartamente dos dízimos, tema de vários concílios regionais ou ecumênicos da Igreja Católica Romana. Entre os cristãos ortodoxos, no entanto, a prática não prosperou.

Entre os judeus, o costume de pagar dízimos se manteve, apesar das invasões estrangeiras. Depois de esmagada a última revolta contra o domínio romano, a Palestina foi esvaziada de sua população e o judaísmo se espalhou pelo mundo. Posteriormente, o dízimo passou a ser cobrado em dinheiro e perdeu o caráter de contribuição decimal. Foi substituído por um conjunto de doações, em princípio voluntárias, com fins de culto, previdência social e beneficência.

Nos primórdios do cristianismo não havia dízimo, mas doações voluntárias com fins caritativos denominadas oblações. No século VI, com o desmoronamento do sistema de cobrança de impostos do Império Romano do Ocidente, a igreja católica transformou as oblações em dízimos. Eles, entretanto, passaram a ser utilizados também pelos senhores feudais e nobres, que atuavam muitas vezes como intermediários na cobrança.

A redução de arrecadação foi compensada pela igreja católica com os chamados direitos de pé-de-altar, taxas cobradas por batismos, casamentos, serviços fúnebres e comunhão pascal. Tais práticas promoveram a secularização dos dízimos, que foram desviados de sua finalidade original. A igreja concedeu a alguns soberanos o direito de cobrança de parte dos dízimos, a partir do século XII. No século XVIII, com a revolução francesa, esse imposto foi progressivamente abolido.

Nos países europeus onde ocorrera a Reforma protestante, o dízimo continuou a ser cobrado pelas novas igrejas oficiais. Em certos países, católicos ou protestantes, era cobrado também dos dissidentes. Com a abolição do dízimo na França e a partir daí, progressivamente, nos demais países europeus, o Estado achou outras formas de compensação às igrejas.

No Brasil colonial, os dízimos pertenciam à Ordem de Cristo, a quem a Santa Sé os concedera implicitamente, ao conferir-lhe jurisdição sobre as terras conquistadas e a conquistar nas regiões ultramarinas, de acordo com bulas papais do século XV. Inicialmente, o dinheiro arrecadado mal cobria os gastos do clero, mas, com o impulso do açúcar no século XVI, o dízimo tornou-se uma das maiores fontes de arrecadação da colônia. Também aqui o dízimo era secularizado e a coroa portuguesa repassava para a igreja apenas uma parte dos bens recolhidos. O dízimo eclesiástico não se confunde com a dízima, imposto civil também de um em dez, cobrado no Brasil imperial.

Os dízimos continuaram a ser cobrados durante o primeiro reinado, mas, no decorrer do século XIX, foram sendo progressivamente substituídos por impostos civis. Em 1890, com a separação da igreja e do estado, extinguiram-se em definitivo no Brasil. Os direitos de pé-de-altar permaneceram e as oblações tornaram-se generalizadas. Posteriormente, a Igreja Católica procurou substituir as coletas por doações mensais voluntárias, sem caráter decimal.

Entre os evangélicos, contudo, essa prática continua até os dias de hoje.

Não se deixe enganado  e não tema aqueles que dizem que se não dizimar você será amaldiçoado ou ate mesmo irá para o inferno. A bíblia desmascara tais amantes de si mesmo.

Já estamos abençoados - Efésios 1:3 - "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo".

O devorador já foi derrotado - Hebreus 2:14 - "Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo".

O devorador (o maligno) não pode nos tocar, em nosso bens, nem em nossa casa - Isto é doutrina falsa neopentecostal. Os pentecostais verdadeiros não ensinam esta doutrina. Vemos a evidência desta verdade em I João 5:18: "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; antes o guarda aquele que nasceu de Deus, e o Maligno não lhe toca"

Já não há condenação - Romanos 8:1 - "Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus".

Já não há acusação - Romanos 8:33 - "Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus"?

Já não há mais maldição - Gálatas 3:13 - "Cristo nos resgatou da maldição da Lei".

Já não há mais dívida - Colossenses 2:14 - "...e havendo riscado o escrito de dívida".

Já não há juízo - João 5:24 - "Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entra em juízo".

Já não há sacrifício, porque o verdadeiro sacrifício já foi realizado - Hebreus 10:14 - "Porque com um único sacrifício nos aperfeiçoou para sempre".

Temos um fiador para com qualquer dívida ainda existente - Hebreus 7:22 - "De tanto melhor pacto Jesus foi feito fiador".

Temos um mediador - Hebreus 9:15 - "E por isso é mediador de um novo pacto".

E se qualquer dúvida ainda existir, temos um advogado - I João 2:1 - "Temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo".

Não precisamos mais fazer prova de Deus - I Coríntios 10:9 - E não ponhamos o Senhor à prova como alguns deles o fizeram e pereceram pelas mordeduras das serpentes.

Entenda que o fim da Lei é Cristo! Romanos 10:4-5 “o fim da lei é cristo, para aquele que crer, quem não crer vivera pela lei”, 2 Coríntios 3:1-18 “Começamos outra vez a recomendar-nos a nós mesmos? Ou, porventura, necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós, ou de vós?
Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens,
sendo manifestos como carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne do coração.
E é por Cristo que temos tal confiança em Deus;
não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus,
o qual também nos capacitou para sermos ministros dum novo pacto, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.
Ora, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fixar os olhos no rosto de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual se estava desvanecendo,
como não será de maior glória o ministério do espírito?
Porque, se o ministério da condenação tinha glória, muito mais excede em glória o ministério da justiça.
Pois na verdade, o que foi feito glorioso, não o é em comparação com a glória inexcedível.
Porque, se aquilo que se desvanecia era glorioso, muito mais glorioso é o que permanece.
Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar.
E não somos como Moisés, que trazia um véu sobre o rosto, para que os filhos de Isra desvanecia;
mas o entendimento lhes ficou endurecido. Pois até o dia de hoje, à leitura do velho pacto, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo é ele abolido;
sim, até o dia de hoje, sempre que Moisés é lido, um véu está posto sobre o coração deles.
Contudo, convertendo-se um deles ao Senhor, é-lhe tirado o véu.
Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade”.

Vejo o dizimo hoje como um ato de fé. Algo opcional e não como uma obrigatoriedade, pois se fosse assim, deveríamos guardar o sábado, não comer carne de porco e voltar aos cerimoniais do templo.  É importante notar que o dízimo, na sua origem, não é destinado aos sacerdotes, mas tem como intenção sanar uma desigualdade social: compensar a falta de propriedade que atingia os levitas. Os sacerdotes, invés, sobreviviam com os sacrifícios que o povo oferecia, que eram diferentes do dízimo. Frisamos, contudo, que existe uma grande confusão neste campo, pois graças sobretudo ao livro de Números os sacerdotes, descentendes de Aarão, são considerados Levitas. Porém, se lemos Ezequiel, por exemplo, existe uma nítida diferença entre sacerdotes e levitas. E depois, a confusão aumentou por que o dízimo era entregue no Templo e portanto, parece, que era controlado pelos sacerdotes. De qualquer forma o fato que a Lei obrigue a cada 3 anos que o dízimo não seja levado ao templo, mas pessoalmente aos levitas e pobres (veja Deuteronômio 14,28 seguintes), sublinha o aspecto de caridade do dízimo. Além disso, para deixar claro que o dízimo não era uma coisa dos sacerdotes, o próprio sacerdote era obrigado a pagar dízimo daquilo que recebia (Números 18,26 seguintes).

É importante, por último, falar do aspecto teológico do dízimo. Com o dízimo se exprime a convicção que tudo aquilo que se possuiu é fruto da bondade divina. Nessa linha deve ser lido o texto de Lucas 18,9-14, onde Jesus conta uma parábola que fala do dízimo praticado pelos fariseus no tempo de Jesus, que era meramente uma prática, sem nenhuma espiritualidade. O dízimo em si não é importante, mas significa uma das expressões possíveis do reconhecimento da existência de Deus nas nossas vidas. Além do mais Jesus nos ensina que o fundamental da Lei transmitida no Antigo Testamento é a Justiça, a misericórdia e a fidelidade. Já no novo Testamento, a Fé e o amor prevalecem. Todo ato de ajuda deve ser pensando em ajudar ao próximo e não a um grupo seleto de pessoas ou liderança, ou por benefícios próprios ou algum tipo de vantagem ou vangloria! A bíblia diz que devemos viver em comunhão e no partir do pão.

Se a falácia “está na Bíblia e ela jamais condena, logo devemos fazer” fosse aplicável à igreja moderna, haveria mais base para usar véu que para dar dízimos! O véu está na Bíblia e jamais é condenado por ela, mas nem por isso os praticantes do dízimo ensinam suas ovelhas femininas a usarem véu. Uma tremenda incoerência! E, para piorar a situação adversária, o véu ainda é um mandato de Paulo em 1Corintios 11 (ainda que para as mulheres de Corinto, apenas), mas o dízimo sequer é exigido no Novo


Pr. Clayton Tomaz

Dizimo é Obrigatório? Parte I

 

A contribuição em 1Corintios 16:1/2

 

Trata-se de uma “coleta para os santos” da igreja em Jerusalém, que era a igreja-mãe. Ao que tudo indica, devido à perseguição, os novos convertidos estavam sendo expulsos de seus trabalhos e até mesmo de suas casas por conta de sua nova fé. Isso gerou grande pobreza naquela igreja. Diante de tal situação, o apóstolo Paulo pede que os coríntios participem dessa nobre causa: auxiliar materialmente a igreja de onde saíram àqueles que os auxiliaram espiritualmente.

Aparentemente, o modo que Paulo está administrando a situação parece demonstrar que não há precedentes, pois ele diz que está querendo “evitar que alguém nos critique quanto ao nosso modo de administrar essa generosa oferta, pois estamos tendo o cuidado de fazer o que é correto, não apenas aos olhos do Senhor, mas também aos olhos dos homens” (2 Coríntios 8.20,21). Se “o modo de administrar” fosse o padrão – dizimando – não haveria necessidade de Paulo pontuar o que fazia, coletando ofertas estrangeiras para cristãos necessitados na Judeia.

Sobre essa coleta:

Esta é a primeira menção dela em seus escritos existentes, mas lemos sobre ela também em Romanos 15.26; 2 Coríntios 8; 2 Coríntios 9, Atos 24.17. Aqui ele fala simplesmente que a coleta é para os santos, mas outras referências (ex: v.3) esclarecem que é para os pobres de Jerusalém (Morris 1986, p.190).

Tomando essa ocorrência por base, fica evidente a necessidade de a igreja assistir os necessitados com as ofertas (e não dízimos!) que recebe. Nada na passagem sugere a prática do dízimo, na época, já obsoleta.

Kistemaker (2004, p.822) ainda destaca que:

A igreja de Jerusalém supervisionava as igrejas que Paulo fundou (Atos 15.4; 18.22; 21.17-19). Contudo, não temos nenhuma prova bíblica de que essa igreja cobrasse taxas dos cristãos gentios, como os sacerdotes de Jerusalém exigiam a taxa anual do templo, que os judeus em Israel e na dispersão tinham de pagar. Ao contrário, Paulo ensinava aos crentes gentios que eles deveriam compartilhar bênçãos materiais alegremente com os cristãos de Jerusalém, porque os santos de Jerusalém haviam compartilhado com eles bênçãos espirituais (Romanos 15.26,27). Deveriam saber que estavam em dívida para com a igreja em Jerusalém. Paulo queria que eles fossem doadores alegres que, generosamente, sem relutância ou coerção, dessem suas ofertas para sustento dos pobres (2 Coríntios 9.7). A igreja é obrigada a cuidar dos necessitados (Tiago 2.15,16; 1 João 3.17

É certo que, como igreja, o povo de Deus é sensível às necessidades alheias. Os crentes, que devem ser piedosos, não conseguem não ajudar os mais carecidos. Tal cuidado é resultado da compreensão da graça divina (compreensão ensinada por Paulo e vista nos cristãos da Macedônia), sem a qual o que tem condição de ajudar não a teria. Os redimidos pelo sangue do Cordeiro não procuram se limitar a uma porcentagem específica (a exemplo dos próprios macedônios), pois eles reconhecem que o Senhor Jesus não ofereceu menos do que tudo. É por essa razão que todo cristão verdadeiro deve dar tudo quanto for possível dar com alegria (2 Coríntios 9.7).

O Novo Testamento não menciona dar o dízimo em comunidades cristãs. Nenhum percentual é citado em lugar algum, porque o Senhor quer que seu povo lhe mostre seu amor e fidelidade. Dar precisa ser um ato de alegre gratidão a Ele […] nossa oferta precisa estar livre de regras mecânicas ou obrigatórias. Ao contrário, deve ser caracterizada pela generosidade que emana de nossa alegria no Senhor. Foi assim que os cristãos da Macedônia demonstraram seu amor: dando mais do que podiam dar. Entenda, “O ato feito por imposição financeira da lei é pequeno se comparado à intenção do coração de homens e mulheres justificados mediante a fé.” A graça motiva o cristão a ser gracioso, a não se prender a lei. A graça motiva o cristão a dar tudo quanto alegremente possa dar”.

Há indícios históricos de que o dízimo deixou de ser um pagamento obrigatório com o fim da Antiga Aliança na maioria absoluta das Igrejas [antigas]. Irineu, Orígenes, Justino Mártir, Tertuliano, Cipriano, João Crisóstomo e outros cristãos dos séculos II ao V – cujos registros compõem a história da Igreja – nos falam somente de contribuições voluntárias na comunhão dos santos.

Se as primeiras igrejas gentílicas não dizimavam por reconhecerem que essa era uma prática inerente aos judeus, porque ensinar, e até coagir, em pleno século XXI, homens e mulheres sem orientação a fazê-lo? Essa questão deve ser dirigida a todo líder propagador da necessidade de dízimo na igreja moderna.

 

Mas se não dizimar serei amaldiçoado e não prosperarei e irei para o inferno?

 

 

Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas.
Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação.
Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.
E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos.”
Malaquias 3:8-11

 

Observamos este texto das escrituras sagradas, onde muitos lideres ensinam que se não dizimar irá para o inferno. Isso mesmo, pois estaria roubando a Deus. Além disso, sobrevirá uma maldição, aquela mesma posta sobre o Egito e a pessoa não será prospera.

 

Vamos aos fatos:

 

A Salvação se alcança mediante a graça imaculada oferecida por intermédio de Jesus Cristo. Isso é gratuito e não é através do dizimo, e sim por crer em Jesus Cristo e obedecer a sua palavra, perseverando na sua doutrina ate o fim. Isso é fé.

 “Mas antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio. “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” Gálatas 3:23-26.

Em relação à maldição por não dizimar, a palavra de Deus diz que cristo se fez maldito por nós , nos libertando de toda maldição (João 3:13/17). “Pregamos Cristo crucificado. Para alguns é escândalo, para outros é loucura; mas, para nós, Cristo crucificado é o poder de Deus” ( I Coríntios 1,23-24).

Por isso, até o dia de hoje pregarmos a mensagem da cruz, o Cristo crucificado e ressurreto! A cruz é símbolo, no sentido mais sagrado da palavra, é um sacramental que representa, justamente, o poder sagrado do Cristo que nos liberta do poder da morte, do pecado e de toda a escravidão. A cruz é símbolo dos libertos, dos salvos e redimidos em cristo Jesus!

Também posso afirmar, que é errado ensinar que se não dizimar, a prosperidade não vira.  Olha o que a bíblia nos diz: A salvação vem do Senhor; sobre o teu povo seja a tua bênção” Salmos 3:8.

“A bênção do Senhor é que enriquece, e ele não acrescenta dores.” Provérbios 10:22. Este versículo nos fala sobre as bênçãos de Deus: honra, prosperidade, exaltação, bens, paz, longevidade, riqueza etc.

Tudo isso explica que o que esta escrito em Malaquias 3, se dá para os Judeus e não para os Gentios que vivem pela fé em Cristo Jesus. Se a pessoa querer dizimar , que seja um ató de fé e voluntario, para ajudar a manutenção da igreja e sua obra missionaria, mas não podemos colocar isso como um ato obrigatório da igreja de Cristo!


Pr.Clayton Tomaz

 

Joias e Pinturas

 


Não há nas escrituras sagradas um ensinamento que diga determinantemente que as mulheres estão proibidas de usarem joias e pinturas, porém, os bons costumes e  a palavra de Deus, nos orienta para evitar qualquer tipo de uso destes atavios e maquiagem.

A bíblia nos ensina uma grande lição quando diz:

 

“Todas as coisas me são Licitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são licitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” I Coríntios 6:12.

 

Em nossos ensinamentos, a igreja de Cristo, espera-se que não se faça o uso de joias, brincos, colares, pulseiras, pinturas diversas e batons, e outros adereços mundanos. Portanto, ao considerar os textos bíblicos vemos que o uso de jóias era um costume no Antigo Testamento, mas que não refletia a vontade de Deus para seu povo no que se refere à simplicidade e modéstia, da mesma forma que a tolerância de Deus com o divórcio e a poligamia não significam a aprovação de Deus a tais práticas.

A igreja primitiva também mantinha essa posição de modéstia evitando jóias e pinturas. O testemunho cristão é parte integrante da vida espiritual e qualquer jóia ou pintura, ou qualquer outra coisa que dê aparência do mal ou cause escândalo precisa ser evitado pelos que, sem reservas, querem servir a Deus. (I Tessalonicenses 5:22 e Romanos 14:13, 21).


Os enfeites exteriores tipo jóias, enfeites, argolas, colares, pinturas etc., devem ser evitados e abandonados, uma vez que tiveram suas origens e influencia no “mundo”; afastam-se da simplicidade do evangelho - I Timóteo 2:9, 10; é uma demonstração visível duma “vaidade pessoal” que vai contra o que nos é ensinado II Pedro 3:1-5. Além disso, a bíblia faz menção a Oolá e Ooliba, prostitutas de Israel , que se pintavam ao redor dos olhos e se enfeitavam para seduzir os estrangeiros ( Ezequiel 23)


Em Gênesis 35: 1 a 5 – encontramos um exemplo literal de como o abandono dos enfeites e da idolatria se relaciona com a reconsagração a Deus. A atitude dos filhos de Jacó deixando os ídolos e as argolas.  “Então deram a Jacó todos os deuses estranhos, que tinham em suas mãos e as arrecadas que estavam em suas orelhas" - Versículo 4.

“Isaías 3.18 24 O contexto todo fala de Israel (“ filhas de Sião") que havia abandonado o caminho do Senhor. Sendo assim, o Senhor tiraria de Israel todo adorno (enfeite) e daria a ela justamente o oposto. "Em lugar de cheiro suave haverá fedor, e por cinto uma corda; e em lugar de encrespadora de cabelos, calvície, e em lugar de veste larga, cilício; e queimadura em lugar de formosura" (vers.24).


Êxodo 33:4 - E, ouvindo o povo esta má notícia, pranteou-se e ninguém pôs sobre si os seus atavios.


Êxodo 33:5 - Porquanto o Senhor tinha dito a Moisés: Dize aos filhos de Israel: És povo de dura cerviz; se por um momento subir no meio de ti, te consumirei; porém agora tira os teus atavios, para que eu saiba o que te hei de fazer.

 

Há uma orientação bíblica para as mulheres de Deus. Olha o que esta escrito em  I Timóteo 2:9-10 – “Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestido preciosos, mas (como convém as mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.”.

Tudo que possa ser evitado, que possa gerar escanda-lo ao evangelho e entristecer o Espirito de Deus deve ser ponderado.Reflita:

 

Em Ezequiel 23:38-43 – Também um relato simbólico, o povo de Deus aparece como duas mulheres que profanaram o Sábado, idolatraram, chamaram amantes e por eles pintaram os olhos e colocaram enfeites; os beberrões do deserto lhes deram braceletes e diademas e elas adulteraram.

 

Em Isaías 3:16 a 26 – se encontra uma descrição tão detalhada da corrupção feminina. Se descreve as mulheres do tempo de Isaías tais quais eram: vãs, arrogantes, altivas, orgulhosas, mais interessadas em si mesmas do que no Senhor ou nas necessidades dos que estavam ao redor.

O capítulo é dedicado a advertir a apostasia de Judá e Jerusalém. Não se pode ler o capítulo sem entender a ligação simbólica dos adornos vãos com a apostasia. O Senhor iria ferir o ponto mais forte do pecado. Oséias 2:13 – Deus diz a origem dos enfeites para o seu povo apóstata: “Pendentes de Baal e suas gargantilhas”.

 

II Reis 9:30 – Jezabel, a apóstata, pintou os olhos e se adornou para seduzir


Gênesis 35: 1 a 5 – encontramos um exemplo literal de como o abandono dos enfeites e da idolatria se relaciona com a reconsagração a Deus. A atitude dos filhos de Jacó deixando os ídolos e as argolas. “então deram a Jacó todos os deuses estranhos, que tinham em suas mãos e as arrecadas que estavam em suas orelhas" - Versículo 4.

 

Busquemos a simplicidade do evangelho de Cristo e o bom exemplo das mulheres que serviram a Deus, para sermos o exemplo para os mais novos na fé.


Pr. Clayton Tomaz

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

 O perigo do Pecado e de concordar com o pecado

Sabemos que o pecado consumado leva a morte (Tiago 1-15), por isso é muito importante vivermos em santidade e combatermos o pecado.

Temo que muitos pregadores não combatam mais o pecado em suas igrejas e isso poderá lhes custar a sua salvação.

Jesus alerta sobre o perigo do pecado

(Mt 18.6-9; Lc 17.1-2)

42 —Se alguém fizer com que um destes pequeninos que tem fé em mim peque, seria melhor para essa pessoa que ela fosse jogada ao mar com uma enorme pedra amarrada ao pescoço. 43 Se a tua mão faz com que você peque, corte-a fora, pois é melhor entrar para a vida eterna sem uma das mãos do que ter as duas mãos e ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. 44 [a] 45 E se o teu pé faz com que você peque, corte-o fora. Pois é melhor entrar para a vida eterna aleijado do que ser jogado no inferno com os dois pés. 46 [b] 47 E se o teu olho faz com que você peque, arranque-o fora. Pois é melhor entrar no reino de Deus somente com um olho do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, 48 onde os vermes nunca morrem e o fogo nunca se apaga.

Temos que resistir ao diabo e suas ofertas e tentações! Isso só será possível se vivermos uma vida regrada na palavra e em oração. Não existe super crente, todos nós somos falhos e necessitados lutar contra nossa carne.

Tiago 1:14

Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por esse iludido e arrastado.

Tiago 1:18

De acordo com a sua vontade, Ele nos gerou pela Palavra da verdade, a fim de sermos como que os primeiros frutos de toda a sua criação. Como viver a Palavra de Deus.

Quem ama seu próximo deve orar por ele e mostrar na palavra o seu pecado.

Levítico 19 fala : Não terás no teu coração ódio pelo teu irmão. Deves repreender o teu compatriota, e assim não terás a culpa do pecado.

É dever nosso pregar a verdade! 2 Timóteo 4-2 vai dizer: prega a Palavra, insiste a tempo e fora de tempo, aconselha, repreende e encoraja com toda paciência e sã doutrina.

Tito 1:13

Esse testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os com toda a severidade, para que se submetam a uma só fé sadia,

Gálatas 2:14

Contudo, assim que percebi que não estavam se portando de acordo com a verdade do Evangelho, repreendi a Pedro, diante de todos: “Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não conforme a tradição judaica, por que obrigas os gentios a viver como judeus?


Efésios 5:11

E não vos associeis às obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, condenai-as;

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

 A Verdadeira Igreja de Cristo faz discípulos de Jesus e não Membros de  uma denominação.



O verdadeiro evangelho ensina que não há graça sem cruz, perdão sem arrependimento e salvação sem renúncia.

Isto tudo torna o discipulado a tarefa mais importante da igreja, pois a  salvação segundo a Bíblia é exclusivamente pela graça, mas só pode ser recebida e desfrutada mediante arrependimento de pecado, a fé em Jesus e uma consequente vida de obediência e submissão (Mt 7.21; 11-18-20). A conversão verdadeira vem acompanhada do discipulado.

A ordenação de Cristo continua sendo a mesma, fazer discípulos. Quando olhamos para as escrituras vemos uma comunidade que vivia em união e no partir do pão.

Temos entender que  todo cristão é um discípulo que faz novos discípulos. O processo do discipulado envolve pessoas influenciando outras espiritualmente. Discipular não é apenas transmitir informações bíblicas, mas promover formação espiritual.


 “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” (Mateus 28.18-20).

domingo, 9 de outubro de 2022

É necessário Vencermos o Mundo






Mateus 24:13 diz: “Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo”. Vencer o que?

O mundo e suas ofertas. Lembre-se: “o mundo jaz no Maligno” significa que o mundo todo está de certa forma, sob o controle de Satanás (1 João 5:19).

Por isso é necessário resistir ao diabo e as ofertas do mundo, ou seja , tudo aquilo que contraria a vontade de Deus e seus princípios.

Quando somos instruídos a não amar o mundo, a Bíblia está se referindo ao seu sistema de valores corruptos. Satanás é o deus deste mundo, e ele tem o seu próprio sistema de valores contrário ao de Deus (2 Coríntios 4:4) 1 João 2:16 detalha exatamente o que o sistema de Satanás promove: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. Todo pecado imaginável pode ser resumido nesses três males; a avareza, corrupção, idolatria, violência, dependência química, violência, vãs filosofias, inveja, o adultério, o orgulho, a mentira, o egoísmo e outros mais surgem dessas três raízes.

1 João 2:15-16 – “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência (cobiça ou vontade) da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (orgulho da vida mundana), não procede do Pai, mas procede do mundo.

Quando a Bíblia diz que Deus amou o mundo, está se referindo aos seres humanos que vivem aqui (1 João 4:9). E, como Seus filhos, devemos amar as outras pessoas (Romanos 13:8; 1 João 4:7; 1 Pedro 1:22). A parábola do Bom Samaritano deixa claro que não podemos escolher quem amar (Lucas 10:30-37).

Jesus nos prometeu que jamais nos deixaria só, Ele enviaria o consolador , para nos ajudar e instruir, a fim de termos fé, de crermos nas suas promessas e vencer ao mundo e a satanás.

 Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. 1 João 5:4 . ” Pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para destruir fortalezas. 2 Coríntios. 10:14. Mas também podemos usá-la como arma de defesa como está escrito: Tomando o escudo da fé com o qual apagareis os dardos inflamados do maligno. Efésios. 6:16.

Portanto o primeiro passo para vencer é aceitar Jesus como seu Senhor e Salvador, Romanos 10.9 diz: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos serás salvo. Esta Palavra diz que o Senhor Jesus passa a ser o Senhor da sua vida.

O segundo passo é obedecer, praticar e viver a palavra de Deus (Lucas 11.28 - Mas Jesus disse: Antes mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam). João 16.33 – Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.

Meditando no versículo acima (no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.), aprendemos que: O Senhor livra o justo de todas as aflições (Salmo 34.17).

terça-feira, 4 de outubro de 2022

 Mateus 24:13

Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.


AQUELE QUE PERSEVERAR ATÉ O FINAL, SERÁ SALVO!




Perseverar significa, permanecer firme no compromisso de ser fiel aos mandamentos e ordenanças de Deus. Não olhar nem para direita ou esquerda, mas seguir olhando unicamente para Jesus Cristo, resisitindo ao diabo e as tentações, oposições e adversidades existentes.

Isso não é algo tão fácil de se conseguir. Mas é possível com a ajuda do Espírito Santo, e tendo uma vida regrada em oração, jejum e principalmente, na leitura da palavra de Deus. Quando Jesus ensinou a Cafarnaum, " Muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com Ele" João 6:66 

Uns achavam Seuss ensinamentos duro , não queriam uma mudança no rumo das sua vida, não queriam abandonar o pecado, a concupiscência da carne,. Os prazeres deste mundo, isto tem sido, o grande impedimento de muitos se entregarem completamente ao Senhor, de corpo , alma e espírito.

Lucas 9:62

"E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus".

Tudo isto prova que o povo de Deus é e tem que ser diferente. Seus costumes e ações são contrárias ao do mundo.

Não tem como servir a dois Senhores. Hebreus 10:38

Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.


2 Pedro 2:20-22

Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro.


1 João 2:19

Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam connosco: mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.


Lembre-se, aceitar a Jesus Cristo como seu único salvador, é o primeiro passo. O Batismo também é um ato de fé, mas a salvação será dada ao que vencer. " Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus" Apocalipse 2:7.

1 João 5:4,5

Todo aquele que é nascido de Deus vence o mundo; e este é o triunfo que vence o mundo: a nossa fé! …

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Os Perigos da Lascívia

 Qual é o significado lascívia?




Lascívia é a sensualidade usada de maneira errada e sem domínio próprio. A pessoa lasciva corre atrás do prazer sexual sem se importar com os limites. A lascívia leva a atos de imoralidade sexual.


Deus criou o ato sexual para ser desfrutado dentro do casamento saudável entre um homem e uma mulher (Mateus 19:4-6). Esse é um ato de intimidade física e espiritual, que produz a bênção da vida. Fora desse padrão, qualquer prática sexual é pecado.

O termo grego para lascívia é alsegeia, que segundo a famosa Concordância de Strong, significa “luxúria desenfreada, excesso, licenciosidade, lascívia, libertinagem, caráter ultrajante, impudência, desaforo, insolência”.

Lascívia, portanto, é o pecado da sensualidade demasiada, do excessivo desejo pelo prazer sexual que se manifesta na falta de pudor, quer seja na forma de falar, de vestir ou de se portar. É o pecado do sexo ainda não consumado, mas já instalado na mente e coração.


A pornografia é uma forma de lascívia, tanto quanto as piadas imorais com conotação sexual também o são. Lascívia é um dos pecados mais cometidos hoje sobretudo nas redes sociais, com a exacerbada exposição do corpo em fotos ou vídeos.


O abuso dos decotes, as roupas curtas ou justas ao corpo, delineando as curvas femininas ou os músculos masculinos são manifestações de falta de pudor e moderação.


E é triste perceber que não poucos cristãos estão manifestando essa obra carnal nas redes sociais (alguns até mesmo na igreja!), expondo o corpo sem pudor, sem decência e discrição, muitas vezes na clara intenção de despertar a libido naqueles que estão a observar.

A  lascívia é muito parecida com a luxúria. Começa com uma atitude virada para os prazeres sexuais, que se torna numa busca por esses prazeres nos lugares errados. A mentalidade pecaminosa distorce o prazer sexual e cria desejos perversos.

A lascívia como muitos pecados nasce no coração, é alimentado na concupiscência da carne, dos olhos. Quando falamos de vestimentas, principalmente para as mulheres, a lascívia tem um auto poder de sedução, persuasão, e não precisa necessáriamente usar vestes curtas ou decotadas, podem ser longas e que cobrem o corpo, porém, coladas, pois mostram todo seu contorno, silhueta, como se estivesse nú, na verdade quem veste assim, está nú diante de Deus. A atitude provocadora e sensual é lasciva.

Como vencer a lascívia?

A Bíblia diz que é possível vencer a tentação (1 Coríntios 10:13). Isso inclui até a tentação sexual. Você pode vencer a lascívia com a ajuda de Jesus!

primeira coisa a fazer é reconhecer seu problema com lascívia e se arrepender, pedindo perdão a Deus. A Bíblia diz que Deus perdoa e purifica quem se arrepende (1 João 1:9). Peça também que Deus seja o dono de sua mente e purifique seus pensamentos.

Temos que termos Domínio próprio significa saber se controlar. Isso inclui controlar os pensamentos. A Bíblia diz que você pode mudar seus pensamentos (Romanos 12:2). Quando chegam os pensamentos lascivos, rejeite-os! Continue rejeitando-os em nome de Jesus, até se irem embora. Escolha pensar mais nas coisas de Deus e encher seus pensamentos de coisas boas.

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

SEMPRE É TEMPO DE SEMEAR

Pr. CLAYTON TOMAZ


“Quem observa o vento não plantará; e quem olha para as nuvens não colherá. Plante de manhã a sua semente, e mesmo ao entardecer não deixe as suas mãos ficarem à toa, pois você não sabe o que acontecerá, se esta ou aquela produzirá, ou se as duas serão igualmente boas” (Eclesiastes 11:4,6. NVI)
Sabemos que sem semeadura não haverá colheita e que colhemos da mesma natureza da semente. “Não se deixem enganar, de Deus não se zomba. Pois aquilo que o homem semear, isto também colherá”. Gálatas 6/7 NVI. Colhemos na proporção que semeamos. “Lembrem-se, aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá com fartura”. (II corintios 9.6 NVI).
Estamos vivendo os últimos dias, os quais antecedem a volta de Jesus Cristo e o arrebatamento da igreja. A grande ordenança de Cristo para nós, que somos seus discípulos ainda continua sendo a mesma: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”.   Marcos 16:15
Sabemos que a palavra é a semente e o campo é o mundo, e nós somos os semeadores ( Marcos 4-14).  Temos a obrigação de levarmos esta boa semente (a palavra de Deus) , até os confins da Terra ( Atos 1-8).
Mas porque devemos semear? Ora veja a importância da palavra: A palavra gera (Tiago 1:18), salva (Tiago 1:21), regenera (1 Pedro 1:23), liberta (João 8:32), produz fé (Romanos 10:17), santifica (João 17:17) e nos atrai a Deus (João 6:44-45).
Se pararmos de semear o bem, nossas boas colheitas desaparecerão. “E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos. Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé”. (Gálatas 6.9-10. NVI).
Anunciar é tão importante, pois assim estaremos semeando a boa semente. O profeta Isaías deixou escrito para nós : “Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina!” Isaías 52:7 .  E esta mesma mensagem vem ser novamente mencionada no livro de Romanos , que literalmente descreve o grande chamado aos semeadores “A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.

Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.
Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.
Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.
Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?
E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.
Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” Romanos 10:9-17
Eis que hoje o Senhor te chama novamente para trabalhar em sua seara, para colher onde não plantaste e semear a tempo e a fora de tempo.  “Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás.” Eclesiastes 11.1
"Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara" (Mateus 9:36-38).

 

O que é a Graça? Como ela Funciona em nossas vidas?

 


É necessário o ser humano entender o que significa a graça de Deus em nossas vidas para que possamos entender o plano de Salvação.

Primeiramente gostaria de falar o que é graça do viso teológico.

O significado de graça na Bíblia refere-se ao favor de Deus em relação a nós pecadores. É Deus agindo em nós por meio da sua livre iniciativa, o que significa que Deus nos recebe mesmo sendo pecadores. Basicamente, a graça de Deus não é algo que merecemos. Ou seja, não existe colaboração humana na salvação

Mas para complementar e simplificar, quero explanar sobre a Graça e seus efeitos.

Imagine um individuo que cometeu algum tipo de deleite ou crime. Ele foi preso e condenado a prisão. Então o justo Juiz, vem e resolve te perdoar, e emite um alvará de soltura, o qual, sem você merecer, te dá o direito de liberdade, de sair daquela prisão sem cumprir a pena e ser novamente um homem livre. Isto não significa , que você não possa ser preso novamente, você cometer algum tipo de deleite ou crime, não será mas réu primário, e terá que cumprir a pena provavelmente até o fim.

Isto simboliza a graça de Deus em nossa vida. Éramos pecadores e condenados a prisão eterna, ao inferno. Mas Cristo, o Justo Juiz, sem nós merecermos, perdoou nossos pecados (Salmos 103-10/12, 130-3/4  , Isaías 1-18 , 43-25, 55-7, Miquéias 7-18/19 , Mateus 6-14/15Marcos 11-25, Lucas 6-37 , 7-47/48, 24-46/47;  Atos 3-19, 1 Coríntios 6-9/11 Efésios 1-7/9, Colossenses 1-13/14, 1 João 1-9, 2-1/2) , nos Libertou (João 8-36), e nos deu uma nova chance. Porem , se pecarmos ou transgredirmos a lei, pagaremos pelos nossos pecados, e isto, pode nos levar a morte e condenação eterna.

“A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho, A justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele” Ezequiel 18-20

Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência,Deuteronômio 30:19.

Portanto, a Graça superabundou em nossas vidas através de Cristo Jesus, mas temos que ser fieis até o fim, seguindo seus ensinamentos e não entristecendo o Espírito Santo de deus que habita em nós.

João 3:18,36 Quem nele crê não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no Nome do Filho unigênito de Deus. …

Provérbios 8:36 Todavia, aquele que decide afastar-se de mim, a si mesmo se flagela; todos os que me desprezam, amam a morte!”

Marcos 16:16 Aquele que crer e for batizado será salvo. Todavia, quem não crer será condenado!

Atos 4:12 E, portanto, não há salvação em nenhum outro ente, pois, em todo universo não há nenhum outro Nome dado aos seres humanos pelo qual devamos ser salvos!”

Hebreus 2:3 como nos livraremos se desconsiderarmos tão grande salvação? Esta salvação, tendo sido proclamada pelo Senhor, foi depois confirmada a nós pelos que a ouviram.